sexta-feira, 10 de novembro de 2017

HISTÓRICO DAS LENDAS - PNUK PURANETÉ


FEDERAÇÃO E COMPANHIA FOLCLÓRICA
PNUK PURANETÉ
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LENDAS QUE INSPIRARAM A COMPOSIÇÃO DAS LETRAS DAS MÚSICAS DA FEDERAÇAO E COMPANHIA FOLCLÓRICA PNUK PURANETÉ

LENDA DO CABELUDO
Apareceu em meados dos anos 40, nas matas de Pindaré-Mirim, um homem tipo exótico de tez parda, que não usava comunicação nem por gestos e nem pela emissão vocabular. Este ser viveu literalmente insulado pela civilização imposta dos tempos modernos.

O pouco que se sabe deste estranho indivíduo é que vivia em traje de Adão (totalmente despido) e que se alimentava de massa de babaçu e que por sinal é bastante nutritivo.
Cabeludo, como ficou conhecido pela redondeza, era uma pessoa dócil, não importunava quem quer que seja.

Andava descalço e tinha unhas grotescas e alongadas. Para ele, a rotação e a translação do planeta terra não lhe importava. Cabeludo só buscava comida quando lhe desse fome: bebia quando lhe desse sede e dormia quando lhe desse sono. Assim era este ser diferente dos tempos modernos, mas parecido com um troglodita ou um homem oriundo das cavernas.

Este registro óptico, constante desta reportagem, foi feito pelo fotógrafo Manoel Catarino, com quem se tem notícias de que Cabeludo tentou comunicar-se.

No ano remoto de 1959, a vida que o trouxe de modo tão inexplicável, o levou da mesma forma inexorável, constituindo, assim para a progressista cidade de Pindaré. Cabeludo a figura mais lendária e enigmática de que se tem notícias até hoje.

A ONÇA DO CANADÁ
Em toda cidade antiga, alguém sempre conta uma história de gente que vira bicho. Os mais antigos de Pindaré, contavam que entre Pindaré e Santa Inês, aparecia uma onça que falava. Nas luas cheias, muitos se encontraram com ela.

Contava seu Raimundo Sá que viajava para Santa Inês com dois companheiros, numa noite de lua cheia, antes que saíssem alguém lhes avisou: - Hoje é dia da “onça”. Eles se armaram com facas e foram. Quando chegaram na entrada do Canadá, o bicho apareceu grunhindo, resmungando, como se quisesse falar. Sem se demorar atirou-se para eles, e como já estavam preparados, enfrentaram a “onça”. Como o bicho era misto, fraco, não resistiu os três. Raimundo e seus companheiros mutilaram a “onça” que saiu aos berros em direção as casas do Canadá.

Dois dias depois, souberam que uma velha tinha sido enterrada sem que seus vizinhos soubessem de que ela morreu. A onça nunca mais apareceu a ninguém, e todos ficaram sabendo que era a velha que virava bicho.

O MASSACRE
Do outro lado do rio Pindaré uma légua acima da cidade, havia uma maloca com muitos índios Guajajaras, chamada a “Maloca do Prego”. Esses índios não trabalhavam, viviam de pedir favores aos que abordavam o porto e o comércio.

Perto dessa Maloca existia um grande bacurizeiro que não dava frutos. Seu Leão Maluf sabendo, negociou com os índios e comprou o bacurizeiro para fazer tábuas, contratou dois homens para serra a árvore. Quando os homens estavam derrubando o bacurizeiro, os mesmos índios que tinham vendido para o seu Maluf, amarraram esses homens, espancaram, invadiram até suas casas, saquearam, e depois os mataram. Escapou somente um garoto de dois anos que ficou escondido debaixo de um caixão, e as mulheres que estavam no mato quebrando babaçu. Esse massacre custou o desaparecimento da Maloca do Prego; alguém conta que ouviu um tiroteio para aquelas bandas, mas ninguém sabe quem os liquidou.

O PÁSSARO AGOUREIRO
Contava seu Antônio Morais que no tempo da escravatura, em Pindaré aconteceram tantas crueldades com os escravos, que muitos dos carrascos davam escândalos, berravam, gritavam dizendo que estavam vendo aqueles que maltratavam em vida.

O caso não fica só nisto, seu Antônio afirmava que as almas deles continuavam a fazer assombrações.

Ele contava que em frente à sua casa havia uma mangueira em que as noites de sexta feira, um pássaro enorme caía sobrea copa da mangueira, e com um grito horrível, pedia perdão: ¨Me perdoa, Pedro...¨ e com um gemido triste desaparecia. Essa penitência durou muito tempo, até que seu Antônio mandou derrubar a mangueira. Assim terminou o agouro do ¨Pássaro¨ esquisito.

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